segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Final Scratch


O novo software que parece ter revolucionado a indústria da música eletrônica, chamado Final Scratch, na verdade é um pacote de hardware e software que permite ao DJ fazer mixagens com incomparável precisão. No entanto, o que realmente o faz diferir dos demais aparelhos do gênero é que as músicas não estão em discos de vinil nem em CD; são armazenadas e catalogadas em arquivos de MP3 ou em formato wave no HD de um notebook. O sistema que acompanha o programa é composto por dois discos magnéticos que exercem a função de interface entre as pick-ups e o computador, atuando diretamente sobre os arquivos, ou seja, é uma peça híbrida que permite ao DJ operar o equipamento de forma analógica ao qual eventualmente está acostumado. Idealizado inicialmente a partir da necessidade de otimização de espaço físico, de forma que o profissional leve a maior quantidade de músicas para suas festas e clubes sem a necessidade de transportar enormes cases, o Final Scratch deixa no ar uma grande dúvida: seria o fim do tão cultuado vinil? Alguns acreditam que sim, pois o programa não só facilita a vida dos Disc Jockeys em termos de locomoção, como também barateia os custos de produção, já que o sistema Dub Plate ainda é um serviço bastante caro.

CDJ-1000


Desenvolvido a partir do CD Player tradicional, o CDJ (Digital Vinyl Turntable) surgiu no mercado para favorecer a arte de tocar discos dentro do segmento digital para DJs. Após algumas séries mais simples, o CDJ-1000 trouxe de renovação um disco de jog (controle para avançar e rebobinar) de alta sensibilidade ao toque, que permite ao usuário o manuseio do CD da mesma forma com que trabalha em um disco de vinil. Entre algumas características particulares estão o Hot Cue, função que memoriza até três pontos de cue por disco e que pode ser utilizada como um mini sampler, aumentando as possibilidades de execução; e a Reversão Instantânea, controlada por uma chave de movimento rápido. Sem perda de tempo ou pitch, ela pode ser processada imediatamente em qualquer faixa, excluindo a necessidade de pausa da reprodução. Com o aparelho há ainda um modo simples e rápido de se produzir um loop enquanto uma faixa está sendo tocada. Uma vez selecionados os pontos de entrada e saída do beat, os loops podem ser executados continuamente e ajustados.
Apesar de inúmeras novidades, o grande diferencial característico do sistema está na memorização de dados, que permite ao usuário armazená-los em um cartão removível (MMC) ou em sua própria memória. O CDJ-1000 também traz um novo controle deslizante de alta precisão de 100mm, com indicação de ajuste de ±6% (precisão de 0,02%) no painel mostrador, oferecendo total controle de tempo ao DJ e garantindo sua precisão.

toca-discos


Os primeiros toca-discos Technics foram criados ainda na década de 70, mas somente em 1980, com a criação do modelo SL1200 MKII, é que foram difundidos no mercado. O boom foi tamanho, que a mais famosa pick-up do mundo utilizada por discotecários, rádios e boates, hoje faz parte de um acervo do museu London Science, na Inglaterra, como peça de grande influência nos últimos 250 anos. Entre as especificações técnicas da MK II estão o motor em Quartz DD (Direct Drive), de extrema precisão, permitindo que a velocidade do disco atinja 100% em apenas 1/4 de volta do prato e o braço em formato de S, o que garante maior estabilidade da agulha sobre o disco e previne pulos, além das diversas regulagens na torre, que o DJ pode fazer, de acordo com o seu estilo de tocar. O aparelho pode ser operado verticalmente, algo visualmente improvável. Um outro detalhe a ser destacado é a função Pitch, que altera a rotação e, portanto, o BPM (batidas por minuto) das músicas e conta com o botão Reset para retornar o motor à velocidade normal, porém a régua de marcação permanece inalterada, marcando o ponto onde o DJ a deixou anteriormente.
A estrutura física da pick-up é composta por três camadas, distribuídas da seguinte forma: alumínio no painel, metal revestindo internamente e borracha maciça utilizada como suporte do equipamento e do prato, evitando ao máximo o ruído e vibração no disco.
Vantagens a perder de vista, mas é claro que hoje em dia há outros tipos de equipamentos com muito mais recursos, o que não impede que a marca Technics tenha se tornado uma tradição no segmento de toca-discos para DJs, liderando as vendas e a preferência junto à classe.

vinil o melhor


O Disco de vinil, ou simplesmente Vinil ou ainda Long Play (abreviatura LP), ou coloquialmente bolachão é uma mídia desenvolvida no início da década de 1950 para a reprodução musical, que usava um material plástico chamado vinil.

Trata-se um disco de material plástico (normalmente cloreto de polivinila, ou PVC), usualmente de cor preta, que registra informações de áudio, as quais podem ser reproduzidas através de um toca-discos. O disco de vinil possui micro-sulcos ou ranhuras em forma espiralada que conduzem a agulha do toca-discos da borda externa até o centro no sentido horário. Trata-se de uma gravação analógica, mecânica. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar. Essa vibração é transformada em sinal elétrico. Este sinal elétrico é posteriormente amplificado e transformado em som audível (música).

O vinil é um tipo de plástico muito delicado e qualquer arranhão pode tornar-se uma falha, a comprometer a qualidade sonora. Os discos precisam constantemente ser limpos e estar sempre livres de poeira, ser guardados sempre na posição vertical e dentro de sua capa e envelope de proteção (conhecidas, vulgarmente, como capa de dentro e de fora). A poeira é um dos piores inimigos do vinil, pois funciona como um abrasivo, a danificar tanto o disco como a agulha.
História
O disco de vinil surgiu no ano de 1948, tornando obsoletos os antigos discos de goma-laca de 78 rotações - RPM (rotações por minuto) -, que até então eram utilizados. Os discos de vinil são mais leves, maleáveis e resistentes a choques, quedas e manuseio (que deve ser feito sempre pelas bordas). Mas são melhores, principalmente, pela reprodução de um número maior de músicas - diferentemente dos discos antigos de 78 RPM´s - (ao invés de uma canção por face do disco), e, finalmente, pela sua excelencia na qualidade sonora, além, é lógico, do atrativo de arte nas capas de fora.


Discos de vinilA partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos compact discs (CD) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do Século XX. No Brasil, artistas que pertencem a grandes gravadoras, gravaram suas músicas em LP até 1996, e aos poucos, o bom e velho vinil saía das prateleiras do varejo fonográfico.

Alguns audiófilos ainda preferem o vinil, dizendo ser um meio de armazenamento mais fiel que o CD. O curioso é que a FNAC, e outras lojas da especialidade, ainda têm uma pequena seção com discos em vinil que são, conteporaneamente, editadas por alguns (muito poucos) artistas/bandas.